domingo, 26 de janeiro de 2014

Mais Um Bocadinho Da Minha História

Olá!! Espero que tenham passado um fantástico Natal : ) trago para vocês mais um bocadinho da minha história! Esta é a continuação do primeiro capítulo.

          "Uma pancada na porta acaba com os seus pensamentos. George entra na sala e, ficando na porta, diz numa mistura entre tristeza e aflição:
          - Já soubeste das notícias?
          Lydia não diz nada, apenas afirma num gesto de pouco ânimo com a cabeça. George atravessa a sala em dois passos e, segurando a cara de Lydia entre as suas mãos, deposita-lhe um simples beijo na sua testa. Lydia fecha os olhos esperando assim guardar aquele momento na sua mente. No seu rosto, uma única lágrima sai-lhe dum olho e escorrega entre as suas feições. George olha para ela acariciando a sua cara com o polegar.
            - Ei, vai ficar tudo bem.
          E agora chorava, não se conseguindo conter. "Quantas lágrimas tenho eu cá dentro, afinal? Já não tinha chorado tudo algumas horas atrás?". E agora gritava e chorava ao mesmo tempo.
          - Não, não vai ficar bem- É o nosso fim, não percebes? Andámos a construir as nossas vidas, a estudar, a trabalhar desde crianças e agora isto! É horrendo! É... É... - e concluiu num sussurro - não é justo.
             - Eu sei, eu sei.
          Lá fora, tinha parado de chover. O jardim da casa estava coberto por uma película fina de água e uma borboleta voava entre as flores. Olhando para cima estava um arco-íris, a despedida da chuva antes de ter ido embora. Um sentimento de nostalgia e uma memória de criança apareceram.
             Lydia deu uma pequena risada, completamente desprovida de humor.
          - Um arco-íris. É engraçado. Quando era pequenina ficava horas a olhar pela janela sempre que chovia esperando que no final aparecesse um arco-íris e pensava no que estaria em cada ponta. E sonhava que um dia, descobriria o segredo desse mistério. Como quando dizem que no fim do arco-íris está um grande pote de ouro capaz de salvar o mundo da sua desgraça. Ansiava um dia poder descobrir esse monte de ouro... Ah, como era tola! Mas acho que todas as crianças o são... sinceras, sonhadoras, não pensam no mundo nem na consequência dos seus atos.
             George sorriu encantado não pela suave voz da sua esposa, o que muitas vezes acontecia, mas pelo seu pequeno discurso.
          - Olha, vai correr tudo bem. Agora mais do que nunca temos de aproveitar cada momento das nossas vidas. - George envolve a mulher com os seus braços, tentando reconfortá-la - E talvez daqui a uns dias venham descobrir que afinal ainda temos mais uns milhares de anos até isto tudo explodir pelos ares. A sério, vai tudo correr bem, confia em mim. - disse George num sussurro tentado ele próprio acreditar que tudo acabaria bem.

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          E como já não tenho postado há algum tempo deixo-vos uma surpresa e deixo-vos com um texto que escrevi na semana passada. Espero que gostem ^^

Saudade          
Via-a em todo o lado para onde olha-se. Via-a no céu, nas estrelas, nos raios de sol, na lua (tanto cheia como crescente). Via-a nas paredes da sala, nas paredes do quarto, nas paredes da sala de aula. Via-a nos livros que lia, nos filmes que via, nas histórias que ouvia. Às vezes tentava dar-lhe uma forma. Algo que a torna-se física e presente. Imaginava como seria ver o ser rosto, o seu corpo ou, indo até mais longe, a sua alma. Imaginava-a em lágrimas, em sorrisos, em gargalhadas de pessoas que talvez imaginem algo completamente diferente. Ela passava por todo o lado. Passava por todos sem deixar ninguém de fora. Quase sempre passava subtilmente, sem ser notada. Às vezes, deixava uma marca, uma lembrança tão grande que permanecia até ao final da vida.
Sim, é verdade. Via-a... Via-a tão intensamente que a falta dela parecia insuportável.

Espero que tenham gostado dos dois textos. Por favor, comentem a dizer a vossa opinião para saber se continuo a fazer posts deste género. O próximo será uma crítica ao livro "Scarlet". Boas Leituras = )